A hipocrisia de Luana Piovani

23/11/2011

Brasil247

O PLANO DE SAÚDE QUE LULA TEM, EXTENSIVO À MARISA LETÍCIA, DÁ DIREITO AO TRATAMENTO QUE VEM RECEBENDO NO SÍRIO-LIBANÊS, EM SÃO PAULO. E EU PEGO ESSE ASSUNTO POR OUTRO PONTO, CHAMADO LUANA PIOVANI.

O plano de saúde que Lula tem, extensivo à Marisa Letícia, dá direito ao tratamento que vem recebendo no Sírio-Libanês, em São Paulo.

Se não fosse assim, direitos concedidos a ex-presidentes incluem cuidados totais com saúde (estima-se em R$ 38 mil a primeira rodada de exames e o tratamento de 90 dias poderá alcançar R$ 600 mil).

Câmara Federal e Senado também mantêm planos específicos com o Sírio-Libanês, abrangendo deputados e senadores, mais seus familiares.

A Câmara paga R$ 1,1 milhão e o Senado, outros R$ 2 milhões. Mais: no ano que vem, o Sírio deverá estar inaugurando uma unidade avançada em Brasília, de menor tamanho, mas com toda tecnologia existente no hospital de São Paulo.

O problema não é nem o valor do tratamento, eu pego esse assunto por outro ponto, chamado Luana Piovani. A atriz global, conhecida ultimamente mais pelos seus barracos e por suas declarações “polêmicas” do que pelo seu trabalho propriamente dito, disse que o ex-presidente deveria se tratar no SUS, já que ele elogia tanto o Sistema Único de Saúde.

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Força, eterno Presidente.

18/11/2011

Direto da Redação por Urariano Mota

Recife (PE) – Ao ver as últimas fotos de Lula na imprensa, com os cabelos e barba raspados por dona Marisa, a primeira coisa que vem na gente é um choque. A intimidade de Lula com o povo brasileiro é de tal sorte,  que vê-lo neste estágio de luta contra o câncer é o mesmo que rever um amigo caído em um leito de hospital. Depois, quando a gente atenta bem para a sua face, a sorrir, brincalhão, como a nos dizer “eu ainda vou provar um caldinho de feijão em Pernambuco, não desesperem”, bate na gente uma simpatia por esse homem provado pela dificuldade desde a infância.

Mais adiante, a foto desperta a reflexão de que a partir dela muitos brasileiros vão retirar do câncer o seu aspecto macabro, definitivo e definidor, como até hoje todos o vemos.  O colunista aqui bem conhece a doença, da juventude até hoje em parentes, amigos e numa pessoa próxima demais para o seu gosto. Em todos conhece a via-crúcis, que  vai do autoengano à desesperança, até a exclusão voluntária do mundo dos saudáveis. E no entanto, Lula, na foto, está a nos sorrir e nos puxar para cima, “enfrentem, nada está definido, vamos adiante”. Não desse em nada, só a sua imagem deveria receber prêmio dos institutos de oncologia, porque deixa em todos a luz da esperança.

Por fim, é da natureza de uma foto de alguém em tratamento de câncer, dela vêm outras imagens, de Lula no Recife, em Água Fria, lembro:

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Dona Marisa raspa barba e cabelo de Lula

16/11/2011

Do Blog Os Amigos Do Presidente Lula

 

O Instituto Lula informou na tarde desta quarta (16) que a ex-primeira-dama Marisa Letícia raspou a barba e cortou o cabelo do ex-presidente Lula (Lula sem cabelo e barba, em imagem divulgada pelo Instituto Lula,  do ex-presidente (Foto: Ricardo Stuckert/)

Lula ao R7: “Quero ajudar Dilma em 2014″

13/11/2011

Balaio do Kotscho por Ricardo Kotscho

post lula Lula ao R7: Quero ajudar Dilma em 2014
Duas semanas depois de ficar sabendo que está com câncer na laringe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostra seu estado de ânimo ao falar dos planos para o futuro:

“Quero estar forte em 2014 para ajudar a reeleger a Dilma””, contou em meio a uma conversa de mais de duas horas na tarde deste sábado, na sala do seu apartamento, no centro de São Bernardo do Campo, o mesmo onde morava antes de ser eleito presidente da República.

Lula só não se conforma de não conseguir comer seus pratos prediletos. Tinha pedido uma feijoada para o almoço, cortou tudo em pedaços pequenos, mas não conseguiu comer. O tratamento de quimioterapia provoca-lhe enjôos e o fez perder o sabor dos alimentos.

“Gostaria de entrar num freezer e só sair quando terminar essa quimioterapia…”, brincou ele, ao relatar suas dificuldades com a nova rotina imposta pela doença, sem perder o bom humor.

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Uma nação de Caco Antibes

09/11/2011

Por Matheus Pichonelli, na CartaCapital

A vida em rede é viciante. Nela, você consegue ter por perto boa parte dos amigos e até da família com uma simples rolagem na barra de contatos. As manifestações de apreço têm temperaturas adequadas para cada situação, diferentemente de sorrisos indecisos dos que sabem misturar, na vida real, afetos com dissimulação. Na internet, o compartilhamento de uma dica, um link, uma foto, um pensamento sobre a vida é, de longe, o maior sinal de prestígio dos tempos atuais – se não for pra tanto, basta apertar o botão de “curtir”, espécie de manifestação britânica de apreço ou camaradagem.

Uma frustração da vida moderna, porém, é não poder transferir os hábitos em rede para a vida concreta, que nem sempre cabe numa caixa de 140 caracteres. Porque seria bom, muito bom, poder denunciar conteúdo, bloquear, ignorar, trollar ou simplesmente eliminar da vida real os lastros de nazismo revigorado que povoam, sempre povoaram, e sempre povoarão as ruas, mesas de bares, jantares para convidados, happy hours, sermões e tudo o mais que, em nome da estupidez, reunir dois ou mais idiotas numa mesma conversa.

Faz pouco mais de uma semana que o Brasil soube que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está doente, submetido a um tratamento contra um câncer na laringe. Foi tempo suficiente para me levar a criar uma espécie de barreira sanitária nas minhas relações virtuais: por recomendação de uma amiga, limei da minha lista todos os amigos (sim, alguns eram chamados de “amigos” antes mesmo de Mark Elliot Zuckerberg ganhar seu primeiro “Pense Bem”) que usaram a rede para fazer chacota em cima da doença do ex-presidente.

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O exemplo de Lula

06/11/2011

QUEM VENCEU A FOME, A DITADURA, O PRECONCEITO E A DESCONFIANÇA DOS MERCADOS HÁ DE VENCER TAMBÉM O CÂNCER

Quem ainda não viu, assista.

O vídeo em que Lula agradece ao povo brasileiro pela solidariedade empenhada, do Oiapoque ao Chuí, diante de sua doença, que foi disponibilizado pelo Instituto Cidadania (www.icidadania.org), é, talvez, a mais perfeita peça de comunicação já feita na história do País. E é também uma peça política sem que tenha sido planejada com esse fim. Foi uma mensagem espontânea, sincera e fruto da intuição de um gênio na arte da comunicação.

Basta assistir ao vídeo para entender por que Lula, enquanto estiver presente na cena política, será um personagem imbatível e sem adversários à altura, dentro ou fora do PT. Primeiro, há a identificação com o homem comum – “o que aconteceu comigo é daquelas coisas que acontecem com todos, mas a gente pensa que é só com os outros, nunca com a gente”. Em seguida, a fé e um conselho, válido para qualquer pessoa. “Vamos tirar de letra” e “Basta seguir as recomendações médicas”.

O vídeo ganha mais significado quando surgem as primeiras mensagens políticas, como (1) “não existe espaço para pessimismo”, (2) “sem perseverança, não se vai a lugar nenhum” e (3) “nós temos que lutar, pois afinal de contas é para isso que nós viemos para a Terra”. É nesses pontos que a luta do ser humano Luiz Inácio contra o câncer se confunde com a do povo brasileiro contra as agruras do dia a dia.

E é assim que surge a identificação entre o líder e as massas.

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A idade do ódio, aqui e no mundo

05/11/2011

Carta Maior por Mauro Santayana

Duas situações – uma, internacional, outra, em nosso país – trazem-nos a sensação angustiosa de que os homens perderam a sua essência moral e retornam velozmente à idade do instinto dos répteis; enfim, desumanizam-se. Prepara-se, sem quaisquer disfarces, a guerra contra o Irã. Não basta o que se faz no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Palestina. Os belicosos de Israel, com o apoio da Grã Bretanha e da França, e o estímulo dissimulado de Washington, acreditam que lhes será possível atacar impunemente as supostas instalações nucleares da velha Pérsia. Em lugar da retirada – inglória – do Iraque e do Afeganistão, já anunciada, o que se vislumbra é a ampliação do conflito. Como em todas as aventuras militares, sabe-se como esta se iniciará, com o bombardeio de alvos no Irã – mas não se sabe como acabará. Se não prevalecer o bom-senso em Tel-Aviv, podemos aguardar nova tragédia, se não formos arrastados a uma Grande Guerra Euroasiática, da qual poderemos escapar na América Latina, se a estupidez não nos contaminar.

Há dias houve sinais de esperança com a troca de prisioneiros entre Israel e o Hammas. Essa esperança durou menos do que algumas horas, com a decisão de Netanyahu de construir nova colônia em território alheio, como represália à decisão da UNESCO – pela maioria esmagadora de votos – de reconhecer o Estado da Palestina. Como se isso não bastasse, trata agora o governo extremista de Israel de preparar o bombardeio contra o Irã, com a presunção de que continuará impune, como tem ocorrido ao longo desses 63 anos de existência do estado judaico.

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Efeitos da pregação midiática

04/11/2011

Carta Capital por Mino Carta

A velhacaria parte do anonimato da internet mas não esconde os herdeiros da Casa-Grande. Foto: Yuri Cortez/AFP

No princípio era e é a mídia. A primazia vem de longe, mas se acentua com o efeito combinado de avanço tecnológico e furor reacionário. De início a serviço do poder até confundir-se com o próprio, um poder ainda medieval de muitos pontos de vista, na concepção e nos objetivos.

Ao invocar o golpe de Estado de 1964, os editorialões receitavam o antídoto contra a marcha da subversão, obra de pura fantasia, embora os capitães do mato, perdão, o Exército de ocupação estivesse armado até os dentes. Marcha da subversão nunca houve, sequer chegou a Revolução Francesa.  Em compensação tivemos a Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

Há tempo largo a mídia cuida de excitar os herdeiros da Casa-Grande ao sabor de pavores arcaicos agitados por instrumentos cada vez mais sofisticados, enquanto serve à plateia, senzala inclusive instalada no balcão, a péssima educação do Big Brother e Companhia. Nem todos os herdeiros se reconhecem como tais, amiúde por simples ignorância, todos porém, conscientes e nem tanto, mostram se afoitos, sem a percepção do seu papel, em ocasiões como esta vivida pelo presidente mais popular do Brasil, o ex-metalúrgico Lula doente. E o estímulo parte, transparentemente, das senhas, consignas, clichês veiculados por editorialões, colunonas, artigões, comentariões.

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A euforia com a doença é pior do que um câncer

03/11/2011

Do Blog Os Amigos do Presidente Lula 

Equipes de TV em frente ao Sírio Libanês. Ex-presidente deixou o hospital nesta terça (1º) e seguirá com tratamento contra câncer na laringe. A revelação da grave doença do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva trouxe, infelizmente, bem mais do que uma onda de solidariedade. A ira, o rancor e até um inacreditável entusiasmo ultrapassaram todos os limites do bom senso, descortinando um ódio de classe que, descobriu-se, ainda continua exageradamente impregnado.

O líder da juventude do PSDB usou o Twitter para equiparar jocosamente a luta de Lula contra o câncer a suas disputas eleitorais, lembrando sintomaticamente de “duas derrotas para FHC”. A jornalista Lúcia Hipólito não se constrangeu ao atribuir, sem qualquer autoridade, a doença a um suposto alcoolismo do ex-presidente -que estaria pagando agora o preço por todas que tomou.

No Facebook, uma hipócrita campanha se alastrou pela classe média bem nutrida provocando Lula a se tratar em hospitais do SUS, que pouquíssimos deles frequentam, aliás. Com uma indisfarçável satisfação e a suprema ironia da desgraça, utilizaram a mais drástica das oportunidades para menosprezar a importância social do ex-presidente. Depois, é lógico, de terem comemorado a derrota do financiamento para a saúde pública.

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Cobrem de Serra que use o metrô que tanto elogiou

02/11/2011
Do Blog da Cidadania de Eduardo Guimarães

Apesar de que vários colunistas da grande imprensa tiveram um surto de honestidade como o de Kennedy Alencar – que condenou, na CBN, quem mandou Lula usar o SUS, que o defendeu da acusação de ter promovido maior corrupção e que garantiu que nunca foi rico –, ainda há muitos “jornalistas” da mesma grande imprensa incentivando a cobrança ao ex-presidente enfermo para que se trate no SUS.

O último desses “colunistas” da “grande imprensa” a estimular o preconceito contra Lula foi Elio Gaspari – sobre quem foi o primeiro, dou um chute de que só pode ter sido Reinaldo Azevedo. Tantos os jornalistas que dizem isso quanto todos os outros que vão na mesma linha de pensamento afirmam que Lula teria, sim, que se tratar no SUS só porque, um dia, elogiou um hospital público que inaugurou.

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